domingo, 29 de novembro de 2009

Desabafo de um subconsciente em putrefação

Se todos os afagos que eu sinto falta contassem em meu estado constante,
acho que eu seria o ser mais deprimido e incompreendido da face da Terra.
Se as palavras que eu ouço não fossem contraditórias ao que eu penso,
seria o mais sábio dos templários do século passado. Mas se o que eu sinto
não for suficiente para me manter de pé, independente de qualquer palavra
ou atitude que vem de pessoas que eu amo, de pessoas que do mesmo jeito
que eu, são falhas e podem errar mas não vêem as coisas com a mesma perspectiva,
do que me vale existir, ao invés de procurar a felicidade em mim
e depois multiplicá-la com alguém, eu deveria ser igual aos outros
ignorantes e achar a felicidade nos outros?

Mas se por acaso, as pessoas que você mais ama, soubessem medir as
palavras e sentissem a mesma pretensão de deixá-las seguras como
você sente por elas, será que haveriam tantas mágoas em meu coração?

REFLITAM!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Abandoned Fate!

No clarão da grande lua prateada e na magnitude do céu que leva nossos mais profundos sonhos
para os deuses pagãos que nos confortam e nos confrontam.

26 de Março de 1986

As palavras que saem da tua boca entram cortando os ouvidos que o mantém tateando
pela órbita da sua mente:

-Querido, acho que não quero mais estar com você, já não me sinto tão bem quanto antes
e talvez essa seja a melhor solução para nós.
-você acha que tudo vai se resolver assim, por que não tentamos apenas conversar? Conseguiremos resolver isso!
-Não acho que isto seja possível, afinal, hoje eu te ODEIO!
-por favor, não desista de mim!

X X X X X X X X X X X

Voltar para aquele dia é o mesmo que arrancar meu mísero coração e cortar em pedaços,
lágrimas escorrem ao lembrar o dia em que eu sofri aquele maldito acidente de carro e perdi
o movimento das minhas pernas.

Para mim, tudo começou a desmoronar, minha família desistiu de mim, perdi o meu emprego
e a pessoa em que eu mais confiava e a que eu mais amava, me deixou de flerte com a solidão.
É nessas horas que eu me pergunto onde está o amor dentro das pessoas, talvez não aja salvação para mim, talvez não haja mais ninguém em quem eu posso amar, agora minha mão está segurando aquela arma e involuntariamente o meu dedo está pressionando aquele gatilho, acho que este é o fim.


Olho para o relógio que marca 03:45 da manhã e no calendário, 26 de Março de 1986, às vezes nem sempre nos prendemos aos sonhos, pois os mesmos muitas vezes são pesadelos, nós atraímos o que transmitimos e eu já me esqueci como é bom acordar morto!



segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Memórias

Sinto meus dedos travados pela aversão ao preciso e eficiente, minha cabeça rodopia ao som dos tambores do seu coração, uma batida ritmada que lhe entrega sempre que você está comigo.
Preciso de lubrificante para fazer meus dedos voltarem ao normal e escrever coisas bonitas
para te fazer sorrir.Sinto que estou perdendo a fé, hoje só acredito que a morte é certa e ninguém sairá sem pagar pelo que fez.
Ouço vozes dizendo absurdos e que está tudo bem, mas agora eu estou na imediata onda de sanidade e vejo toda a minha vida acabando alí, no fim do corredor.
Penso se tudo o que eu fiz valeu a pena e o que eu estou fazendo servirá de fruto para quando eu for embora, gostaria que meus ideais permanecessem por eras e tudo aquilo pela qual eu estou lutando valesse a pena em alguma década perdida no tempo, mas eis a questão.

EU NÃO SEI PORQUE E NEM PELO O QUE EU ESTOU LUTANDO!